Teu amor é uma nau pirata
No mar de estranhamento da minha vida.
Como evitar o assalto?
Meus olhos cedem, constrangidos e
a noite se faz mais fria.
Saio pela rua caminhando devagar,
O ar pesado paralisa-me os sentidos,
Sob lâmpadas elétricas morrem mariposas nervosas,
Um sapo imóvel olha-me sem piscar,
Rosas escarlates ofendem a paisagem pastel.
Nenhuma comoção, nem arrependimento...
Nem febre,
Nem demônios,
Nem tristezas de carmim,
Apenas a inquietude da misteriosa perda
Do que nunca tive.
Aposto em infinitos amantes
Perdidos no mesmo silêncio.
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