Madrugada enluarada. Muito frio,
Voltava para casa, embriagado,
Quando vi, caminhando ao meu lado,
Uma jovem mulher de corpo esguio.
E tentei disfarçar o meu estado,
Tomado de um estranho arrepio,
Porque era tudo solidão e vazio
De um enorme céu claro e estrelado.
Entendi o que queria a desconhecida
Que me olhou calma e enternecida
É me apontou o caminho para o norte.
Ironia. Confessei na despedida:
Sei bem que tu me apontas minha vida,
Sei bem que minha vida é a morte.
Este soneto fluiu do relato de um velho camarada, bem como
da minha recente inserção ao terror e a bruxaria, por conta do trágico que é a
minha praia. E vamos vivendo sem nenhuma pressa, mas rompendo os paradigmas em
nome da consciência do inevitável.
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