Conversando com um jovem estudante da UNEMAT, ele me
externou um conflito de ordem amorosa e eu procurei algumas rimas, num soneto
decassílabo, para tratar da situação. Manterei o sigilo do confessionário.
PESADELO AMOROSO
Quando a noite cair eu a verei
Percorrendo, calada, o corredor
E reconhecerei nela aquela dor
Que, afinal, eu nunca entenderei.
Sonho, no entanto, que decifrarei
A raiz misteriosa desse amor
E deixarei flores em seu favor
Como alguém que consagra uma lei.
Sonho-a, então, parando à minha frente,
E me beijando muito alegremente
Como quem se dá conta do destino.
Mas a realidade me desmente
E lá está ela gritando firmemente:
“Saia do meu caminho,
seu cretino”.
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